O papel dos hormônios no controle do apetite em pessoas com obesidade

A obesidade é um problema de saúde global que afeta milhões de pessoas em todo o mundo. Esse excesso de peso não é apenas uma questão estética, mas também representa um risco significativo para o desenvolvimento de diversas doenças crônicas, como diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares, esteatose hepática e condições metabólicas que abreviam o tempo de vida.

Por trás dessa condição complexa, existem muitos fatores envolvidos, incluindo os distúrbios endócrinos, que são condições que afetam o sistema hormonal do corpo, resultando em desequilíbrios nos níveis de hormônios que são essenciais para a regulação de várias funções do organismo. Dentre os hormônios mais conhecidos relacionados à obesidade, destacam-se a leptina, a grelina, a insulina e os hormônios sexuais.

A leptina é um hormônio produzido pelas células de gordura que desempenha um papel crucial no controle do apetite e na regulação do peso corporal. Em indivíduos com obesidade, pode ocorrer uma resistência à leptina, o que significa que o sinal de saciedade enviado ao cérebro não é adequadamente reconhecido, levando a um aumento na ingestão de alimentos.

A grelina, por sua vez, é um hormônio produzido no estômago que estimula o apetite. Em pessoas com obesidade, os níveis de grelina podem ser elevados, resultando em uma sensação constante de fome, o que contribui para o ganho de peso.

A resistência à insulina, característica comum em muitos indivíduos com excesso de gordura abdominal, é uma condição em que as células do corpo não respondem adequadamente aos efeitos da insulina, o hormônio responsável por regular os níveis de açúcar no sangue. Esse desequilíbrio pode levar a um aumento nos níveis de glicose no sangue e, consequentemente, ao desenvolvimento do diabetes tipo 2.

Além disso, os hormônios sexuais, como os estrogênios e a testosterona, também desempenham um papel na distribuição de gordura no corpo. Mulheres na idade fértil, possuem níveis mais elevados de estrogênio, e tendem a acumular mais gordura no quadril e nas coxas. Este tipo de gordura, de subcutâneo, é mais inócua e tem menos risco metabólico. Enquanto mulheres na menopausa ou homens com baixos níveis de testosterona podem apresentar maior acúmulo de gordura abdominal.

A interação entre esses hormônios e o tecido adiposo resulta em um ciclo autoperpetuante, onde a obesidade pode levar a distúrbios endócrinos e, por sua vez, esses distúrbios podem agravar a obesidade!

Especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), ofereço tratamento e acompanhamento para pessoas que buscam viver mais e melhor, elevando a saúde e o bem-estar de cada paciente.

Meu consultório está localizado na Avenida Vereador José Diniz, 3457, no Campo Belo Medical Center aqui em São Paulo. Agende uma consulta pelo site ou pelos números: (11) 5093-6109 | 5093-6087. Se preferir, marque um horário pelo WhatsApp: (11) 97490-7707.

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