Síndrome metabólica: o que é e como identificar

No Brasil, 38,4% da população é portadora da síndrome metabólica. Ao mesmo tempo, o problema afeta uma em cada cinco pessoas ao redor do mundo.

A condição é definida por um grupo de fatores de risco que estão relacionados com diabetes e doenças cardiovasculares, como infarto e derrame. Os sinais que caracterizam a síndrome metabólica são: alterações na glicose, colesterol, pressão arterial e aumento da circunferência abdominal.

E vale a pena buscar o tratamento, o diagnóstico e a prevenção da condição. Afinal, conforme a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, a síndrome metabólica também está relacionada a uma mortalidade geral duas vezes maior que na população geral, sem a síndrome, e a mortalidade por infarto é três vezes maior.

É para te ajudar a entender todos esses pontos que fiz um compilado do que a medicina diz sobre a síndrome metabólica.

Síndrome metabólica: o que é e como ela aparece?

A síndrome metabólica é silenciosa, a maioria dos sintomas não podem ser percebidos pelo paciente logo no começo. Porém, existe um sinal específico que é visível e pode indicar a presença ou a predisposição da doença: o excesso de gordura abdominal.

Quando pensamos na famosa “barriguinha”, não devemos refletir apenas sobre a questão estética. No caso das mulheres, é preciso se atentar caso a medida da circunferência abdominal passe de 88 centímetros. Já nos homens, o ideal é que a cintura não passe de 102 centímetros. O motivo?

Bom, o que acontece é que as células de gordura que ficam nessa região e em alguns órgãos (fígado, pâncreas, rins..)  passam a liberar substâncias inflamatórias que afetam todo o metabolismo, especialmente os vasos sanguíneos, o coração e o cérebro.

Outras alterações que podem vir com a síndrome metabólica são a pressão alta, o colesterol e açúcar elevados, o sedentarismo e a escolha por alimentos pouco saudáveis – com alto valor calórico, como gorduras ou ultraprocessados.

A genética, o estresse e a insônia crônica também podem facilitar o surgimento do problema, mas os fatores de risco não terminam por aí.

A resistência à insulina é uma condição que merece muito destaque quando falamos das causas relacionadas à síndrome metabólica. Quando ela acontece, o corpo tem dificuldade em metabolizar adequadamente os açúcares presentes nos alimentos, o que pode levar à hiperglicemia  – característica de diversos transtornos metabólicos e doenças como diabetes.

Como é realizado o diagnóstico da síndrome metabólica?

No diagnóstico, o médico considera o índice de massa corpórea (IMC) ou obesidade central (abdominal) do paciente. Claro, junto a isso é observada a presença dos outros fatores de risco, principalmente a partir da análise de exames feitos em laboratório.

São componentes da síndrome metabólica:

  • Glicemia em jejum acima de 100 mg/dl;
  • Valores baixos de HDL (o colesterol bom) e elevados de LDL (colesterol ruim);
  • Níveis aumentados de triglicérides (acima de 150);
  • Outros marcadores  de gordura visceral como esteatose hepática (gordura no fígado), proteína C-reativa ultra sensível (PCR), ferritina e ácido úrico elevados no sangue.

A presença de três dos fatores mencionados acima já pode indicar a existência da síndrome metabólica.

E o tratamento, como funciona?

Por se tratar de uma doença crônica, quando falamos em tratamento evitamos a palavra “cura” e focamos em um controle efetivo.

O principal é entender que o estilo de vida está diretamente ligado à prevenção e também à amenização do quadro. É preciso buscar uma dieta saudável e atividade física regular, assim já conseguimos reduzir o sobrepeso e a gordura abdominal, melhorar a pressão arterial e a glicemia.

Quando falamos em alimentação, vale lembrar: evite alimentos hipercalóricos e produtos industrializados, ricos em açúcares e gordura saturada. Tenha como base da dieta os vegetais, frutas, legumes, carboidratos complexos ricos em fibras, proteínas magras como peixes e ovos e gorduras vegetais (azeite e castanhas). A Dieta Mediterrânea é um exemplo de dieta que trata a síndrome metabólica e reduz seu risco cardiovascular. 

Claro, caso o paciente apresente alterações importantes na pressão arterial, lipídios (triglicerídeos e HDL), glicose e até obesidade, o tratamento também pode incluir a presença de remédios. Mas é possível reduzi-los ao longo do tempo, de acordo com a evolução dos resultados ligados aos cuidados com a dieta, exercícios e redução de peso.

É importante buscar a orientação de um médico, de preferência um endocrinologista. Ele será capaz de fazer o acompanhamento correto da síndrome metabólica, avaliando a real gravidade do quadro o tratamento ideal.

Especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), ofereço tratamento e acompanhamento para pessoas que buscam viver mais e melhor, elevando a saúde e o bem-estar de cada paciente. 

Meu consultório está localizado na Avenida Vereador José Diniz, 3457, no Campo Belo Medical Center aqui em São Paulo. Agende uma consulta pelo site ou pelos números: (11) 5093-6109 | 5093-6087. Se preferir, marque um horário pelo WhatsApp: (11) 97490-7707.

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