Hipoglicemia: O que é? Entenda os riscos, como evitá-la e como tratá-la.

A hipoglicemia ocorre quando os níveis de glicose no sangue ficam perigosamente baixos.

Classificamos em hipoglicemia leve quando os níveis de glicose estão entre 46 a 69 mg/dL e hipoglicemia severa, quando os níveis estão abaixo de 45 mg/dL.

Causas de hipoglicemia

A hipoglicemia geralmente ocorre em pessoas que estão em tratamento para diabetes, especialmente aquelas que usam insulina ou sulfas, como a glicazida.

Ela pode ser causada por excesso de medicação (insulinas basal e prandial ou sulfas), atividade física intensa sem ajuste da dosagem de insulina, erro na contagem de carboidratos, ou quando o paciente não se alimenta adequadamente, pulando ou adiando refeições.

Sintomas de hipoglicemia

A hipoglicemia leve pode cursar sem sintomas ou o paciente pode perceber palpitações, tremores em mãos, pensamento lentificado, sensação de fome é formigamentos.

Na hipoglicemia severa, o paciente pode ter desorientação, fala arrastada, convulsões ou perda de consciência.

Tratamento da hipoglicemia

Na hipoglicemia leve, como o paciente costuma estar acordado e ciente da hipoglicemia, ele pode cuidar de si próprio. Ao perceber que está entrando em hipoglicemia, a melhor conduta é ingerir um líquido com 15g de carboidratos. Os líquidos são mais rapidamente absorvidos que alimentos sólidos.

  • Podem ser sachês de glicose ou sucos de caixinha.
  • Uma rápida preparação de água com açúcar também pode resolver.
  • Evitar doces com gordura como chocolates pois demoram a ser absorvidos e mais tarde podem fazer picos de hiperglicemias no sangue.
  • Deve-se verificar a glicose 15 minutos após a ingestão do líquido com carboidrato. Para ver se sanou a hipoglicemia ou se precisa de mais 15g de carboidrato.

Já na hipoglicemia severa, se paciente conseguir ingerir ainda, alguém pode ajudá-lo a ingerir 30g de carboidrato (sucos, refrigerantes, 2 sachês de glicose).

Se paciente está impossibilitado de ingestão de líquidos, ele precisará de ajuda urgente. Ligar para o Samu e/ou aplicar glucagon intramuscular ou no subcutâneo costuma reverter a hipoglicemia em poucos minutos.

Para o glucagon, é necessário comprá-lo e ter este kit de sobrevivência em casa e no trabalho. A orientação a terceiros de como utilizar o glucagon deve ser feita antes de ter uma crise de hipoglicemia.

 

Como evitar episódios frequentes de hipoglicemia?

Primeiramente é necessária uma monitorização frequente de glicemia, por ponta de dedo ou por monitorização contínua da glicose através de dispositivos como os sensores Libre ou de bombas de insulina.

O médico, através da avaliação de gráficos de glicose, pode identificar os padrões de hipoglicemias, se noturnas, diurnas, após correções de hiperglicemias ou exercícios e fazer ajustes necessários para evitá-las.

Hoje, com insulinas mais modernas que trazem menos hipoglicemias, bombas de insulina que desligam na ameaça de quedas na glicose, medicações orais que não hipoglicemias, uso de sachês de glicose de fácil acesso e glucagon, podemos evitar e tratar hipoglicemias muito mais facilmente.

Sabemos que hipoglicemias frequentes são deletérias para o cérebro e o coração. Aumentam riscos de complicações cardiovasculares e alterações cognitivas. Além disso causam desconforto enorme aos pacientes e maior risco de neglicência no tratamento da hiperglicemia.

O acompanhamento médico regular é essencial para o controle adequado do diabetes e para evitar episódios frequentes de hipoglicemia.

Especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), ofereço tratamento e acompanhamento para pessoas que buscam viver mais e melhor, elevando a saúde e o bem-estar de cada paciente.

Meu consultório está localizado na Avenida Vereador José Diniz, 3457, no Campo Belo Medical Center aqui em São Paulo. Agende uma consulta pelo site ou pelos números: (11) 5093-6109 | 5093-6087. Se preferir, marque um horário pelo WhatsApp: (11) 97490-7707.

Compartilhar no Facebook
Compartilhar no Twitter
Compartilhar no WhatsApp
Related posts
Comments

2 Comentários

Deixe um comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios estão marcados *

Postar Comentário