3 motivos para quem tem diabetes tipo 1 aprender a contagem de carboidratos

Quando uma pessoa com diabetes consome alimentos ricos em carboidratos, especialmente os de rápida absorção (como pão francês, bolachas, arroz, doces, frutas ou suco de frutas), o açúcar no sangue aumenta rapidamente, levando a hiperglicemias e piora do controle do diabetes.

Mas quem tem diabetes tipo 1, não precisa excluir os carboidratos do cardápio. Basta saber lidar com eles. Através do aprendizado!

Assim, é necessário saber os diferentes tipos de carboidratos e aprender sobre a velocidade de absorção deles. Os carboidratos simples, são de rápida absorção, já os complexos, ricos em fibras, são absorvidos mais lentamente no intestino e não fazem um pico tão acentuado de glicose no sangue.

Também é preciso entender que fibras, proteínas e gorduras retardam a absorção do carboidrato e podem evitar picos glicêmicos precoces.

Mas, se você consumir um alimento muito rico em gordura e carboidrato, ele fará 2 ondas glicêmicas no sangue, a primeira pelo carboidrato e a segunda pela gordura, mais tardia. Este é o famoso “efeito pizza”.

Tudo isso aprendemos com o endocrinologista e o nutricionista especialista em diabetes.

Para tanto, você precisará de uma monitorização contínua da glicose, prestar atenção no que vai comer, tirar fotos dos pratos, “decorar” quanto tem de carboidratos na sua refeição mais rotineira (geralmente o café da manhã), saber as quantidades em gramas, ler rótulos, usar aplicativos que ajudam a estimar quanto carboidrato tem em cada alimento (o app Glic é de grande ajuda) e aprender cálculos matemáticos para saber o quanto precisa aplicar de insulina, pela receita médica, para cada grama de carboidrato que ingerir naquela refeição.

Dá trabalho? Sim! Muito.
Mas compensa demais.
E aí vão 3 motivos para aprender a contagem de carboidratos:

1. Gerenciamento do peso corporal

Quando você conta carboidratos, você tem uma noção maior sobre seu cardápio e o que anda consumindo. Assim, poderá refletir e fazer escolhas melhores.

Não precisará comer sem fome só porque aplicou uma dose fixa de insulina rápida maior que a quantidade de carboidratos que você gostaria de comer naquele momento.

Com a contagem, há menor risco de hipoglicemias, assim, menos fome e menor ganho de peso.

2 – Ajuste adequado das insulinas

É possível calcular a sua razão insulina/carboidrato para cada refeição ao longo do dia. Normalmente, usa-se mais insulina por carboidrato no café da manhã por conta da liberação de cortisol neste período. Saber disso é importante para tomar decisões e preferir comer um pãozinho ou uma fruta à tarde em vez ingeri-los pela manhã.

Saber o quanto de insulina é necessária para cada refeição ajuda a evitar tanto hipo como hiperglicemias pós prandias. Evita, também, a maior necessidade de correções extras.

 

3- Maior flexibilidade alimentar

Quem quer comer sempre a mesma coisa? Saber contar carboidratos te traz liberdade! Você pode ir a uma festinha e comer bolo e brigadeiro, jantar com os amigos, viajar e provar alimentos inéditos.

Mas para isso, você precisará de aplicativos que contém várias listas de alimentos e a quantidade de carboidratos em cada porção. Às vezes você poderá subestimar ou superestimar a quantidade certa de carboidrato naquele alimento, mas tudo bem, poderá aprender e corrigir futuramente.

É assim, diabetes tipo 1 é uma condição que requer muito aprendizado, manejo, disciplina e boa vontade. Mas com um time paciente endocrinologista-nutricionista você será capaz de ter um ótimo controle! E uma vida muito saudável.

Especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), ofereço tratamento e acompanhamento para pessoas que buscam viver mais e melhor, elevando a saúde e o bem-estar de cada paciente.

Meu consultório está localizado na Avenida Vereador José Diniz, 3457, no Campo Belo Medical Center aqui em São Paulo. Agende uma consulta pelo site ou pelos números: (11) 5093-6109 | 5093-6087. Se preferir, marque um horário pelo WhatsApp: (11) 97490-7707.

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