A resistência à insulina ou resistência insulínica antecede a maioria dos casos de diabetes, doença que atinge mais de 463 milhões de adultos em todo o mundo, conforme a International Diabetes Federation (IDF).
No nosso país, também observamos um alto índice de pessoas com diabetes: segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), 12 milhões de pessoas têm a doença.
Ao mesmo tempo, estima-se que o diabetes está entre as 10 principais causas de morte no globo, sendo que quase metade dos falecimentos ocorrem em pessoas com menos de 60 anos.
Esses são só alguns dados que destacam a importância de conhecer as causas, sintomas, fatores de risco e tratamento da resistência à insulina – condição que se caracteriza pela insuficiência relativa do hormônio insulina no organismo e que também pode acarretar outros males.
A seguir, reuni muito do que a ciência fala sobre a síndrome. Mas já adianto: ela tem cura!
Como saber se tenho resistência à insulina?
Quando uma pessoa está com resistência à insulina, o organismo é incapaz de produzir a quantidade normal da insulina, hormônio que regula os níveis de glicose no sangue.
Em outras palavras, o corpo de quem tem a síndrome enfrenta dificuldades para metabolizar adequadamente os açúcares presentes nos alimentos. Isso afeta diretamente a “produção” de energia e o funcionamento adequado do metabolismo.
O pâncreas, percebendo os níveis de açúcar no sangue, produz ainda mais insulina para tentar atender à demanda de entrada de glicose nas células. Por esse motivo, é comum que a condição seja uma característica de pacientes com diabetes, que é uma condição relacionada à hiperglicemia (alto nível de glicose no sangue).
A resistência à insulina é silenciosa, ou seja, não costuma apresentar sintomas evidentes. Mas, em casos de alto desequilíbrio, podem surgir as chamadas Acanose Nigricans, manchas marrons, com textura grossa e aveludada. Elas surgem na pele, quase sempre na região do pescoço, porém também podem atingir as axilas e os braços.
Nos casos em que a resistência insulínica está associada à síndrome do ovário policístico, pode haver o aumento da quantidade de pelos do rosto e do corpo, surgimento de acnes, oleosidade na pele e irregularidade do ciclo menstrual.
Para que a resistência à insulina seja diagnosticada antes que haja o avanço da hiperglicemia e o surgimento de problemas relacionados, é preciso realizar alguns exames de acordo com o perfil do paciente. Nessa etapa do diagnóstico, ocorre principalmente a medição e a análise da quantidade de glicose e insulina no organismo.
Quais são as causas e fatores de risco?
As causas envolvem predisposição genética. Entretanto, isso não é regra. O paciente pode ter um parente com a resistência à insulina e não apresentar a condição.
Pessoas que não têm esse fator genético também podem desenvolver o problema, devido à sua alimentação e estilo de vida. Um dos maiores fatores de risco para a resistência à insulina, por exemplo, é a obesidade.
Isso acontece porque o crescimento do tecido adiposo faz com que o pâncreas precise produzir mais insulina. Entretanto, pode chegar a um ponto em que ele não consiga mais aumentar a produção. É nesse momento que pode se iniciar o quadro da resistência à insulina.
Outros fatores que estão relacionadas à síndrome, seja como causa ou consequência dela, são:
- Colesterol elevado;
- Síndrome do ovário policístico;
- Hipertensão;
- Diabetes tipo 2;
- Diabetes gestacional;
- Pré-diabetes.;
- Deficiência de vitamina D;
- Doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA), caracterizada pelo acúmulo de gordura no fígado;
- Uso de medicações, como corticoides e imunossupressores;
- Hepatite C – que pode aumentar a propensão à resistência insulínica em até quatro vezes.
Como é feito o tratamento?
A resistência insulínica tem cura e ela começa com a busca por equilíbrio no estilo de vida. Quando falo nisso, me refiro à adesão a uma dieta saudável, rica em proteínas e vegetais.
É importante trocar comidas de alto índice glicêmico por outras com baixo índice glicêmico. Ou seja, além de evitar os açúcares e o sódio, é necessário reduzir a quantidade de carboidratos e também de alimentos ultraprocessados.
A prática de exercícios físicos também ajuda no controle da resistência à insulina, ao contribuir para o emagrecimento e a manutenção do peso perdido.
O tratamento também pode contar com medicamentos destinados a auxiliar na redução da resistência insulínica. Além disso, em alguns casos, pode haver a realização de procedimentos cirúrgicos para tratar causas subjacentes.
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Especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), ofereço tratamento e acompanhamento para pessoas que buscam viver mais e melhor, elevando a saúde e o bem-estar de cada paciente.
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