Apesar de muitas vezes ser lembrada apenas em contextos ligados ao diabetes, seu papel vai muito além do controle da glicose! A insulina atua como uma espécie de “chave” que permite que a glicose entre nas células para ser utilizada ou armazenada. Sem esse mecanismo, o açúcar se acumularia no sangue, causando uma série de desequilíbrios metabólicos.
Mas o funcionamento da insulina é mais complexo e fascinante do que parece à primeira vista. Quando comemos, especialmente alimentos que contêm carboidratos, o corpo digere esses nutrientes transformando-os em glicose, que vai para a corrente sanguínea. Esse aumento da glicemia sinaliza ao pâncreas que é hora de liberar insulina, assim que entra em ação, ela orienta as células do corpo a absorverem essa glicose, usando-a como energia ou armazenando-a na forma de glicogênio (no fígado e nos músculos) ou gordura (no tecido adiposo), conforme a necessidade do organismo.
Além do papel fundamental no aproveitamento da glicose, a insulina também tem função anabólica, ou seja, ajuda na construção de tecidos e no armazenamento de nutrientes. Ela participa ativamente da síntese de proteínas, do metabolismo de lipídios e até da regulação de outros hormônios.
Por isso, é considerada uma reguladora-chave da homeostase, o equilíbrio interno que mantém o corpo funcionando corretamente, e quando a produção ou a ação da insulina se desequilibram, o impacto afeta muito mais do que apenas os níveis de açúcar no sangue. Se o corpo começa a não responder adequadamente à insulina, o pâncreas precisa produzir cada vez mais hormônio para conseguir manter a glicose sob controle. Com o tempo, essa sobrecarga pode levar ao esgotamento das células produtoras de insulina e, eventualmente, ao desenvolvimento do diabetes tipo 2. Mas mesmo antes disso, a resistência à insulina (por excesso de gordura corporal) já está associada a outras alterações importantes: hipertensão arterial, inflamação em vasos sanguíneos, piora do colesterol e do risco cardiovascular, maior chance de alguns tipos de câncer, como os de mama, intestino e útero além de alterações de hormônios sexuais que podem afetar tanto mulheres, como na síndrome dos ovários policísticos, quanto homens.
O sono de qualidade e a gestão do estresse também são fatores frequentemente subestimados, mas que influenciam diretamente na função da insulina. Níveis elevados de cortisol e disfunções na produção de melatonina podem atrapalhar a ação da insulina. Por isso, cuidar da saúde emocional, do stress e do sono é uma forma inteligente e eficaz de proteger seu metabolismo.
Especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), ofereço tratamento e acompanhamento para pessoas que buscam viver mais e melhor, elevando a saúde e o bem-estar de cada paciente.
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