A hipoglicemia e a hiperglicemia são condições opostas, mas têm algo em comum: ambas são complicações agudas relacionadas ao diabetes, uma doença que afeta mais de 16, 8 milhões de adultos no Brasil, o 5º país com maior índice de diabetes, segundo o Ministério da Saúde.
Preparei este conteúdo para te ajudar a entender melhor sobre as diferenças entre a hipoglicemia e a hiperglicemia. Boa leitura!
O que é hiperglicemia?
A hiperglicemia se caracteriza por um nível muito elevado de açúcar no sangue. A principal causa desse aumento se deve ao diabetes, quando mal controlado.
A glicose pode ser considerada alta quando ultrapassa de 100 no exame de sangue em jejum, quando ainda não há o diagnóstico de diabetes e, quando acima de 126 em jejum, fechando o diagnóstico de diabetes. Porém, o diabetes é uma doença silenciosa e só dá realmente sintomas quando a glicose no sangue sobe acima de 180 mg/dL.
Quais são os sintomas da hiperglicemia?
Quando os níveis de glicemia estão muito elevados, é comum o surgimento de sintomas como:
- Cansaço;
- Dor de cabeça;
- Enjoo;
- Fraqueza;
- Sensação de boca seca;
- Visão turva;
- Dores nas pernas;
- Maior frequência para urinar;
- Aumento da fome e da sede;
Como é o tratamento da hiperglicemia?
O tratamento da hiperglicemia é feito com injeção de insulina ou com o uso de medicamentos orais prescritos pelo endocrinologista, que tem como objetivo normalizar os níveis glicêmicos e melhorar o diabetes.
Mudança de hábitos na alimentação, prática de exercícios físicos, sono reparador e combate ao stress também auxiliam no tratamento da hiperglicemia.
Hipoglicemia: o que é?
A hipoglicemia é um distúrbio causado pela queda das taxas de glicose no sangue. De acordo com a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), a hipoglicemia é caracterizada por glicemias abaixo de 70mg/dl.
A condição é mais comum em pacientes com diabetes do tipo 1 porque fazem uso intensivo de insulina. Mas, pode ocorrer em pacientes com diabetes tipo 2 que usam hipoglicemiantes orais (glicazida, glimepirida, glibenclamida) ou até insulina. É, também, mais comum em crianças e idosos.
Insuficiência hepática, cardíaca ou renal, tumores pancreáticos e deficiência dos hormônios que ajudam a liberar glicogênio, são algumas outras causas incomuns da hipoglicemia.
A percepção dos sintomas é importante para detectar a hipoglicemia, mas a monitorização da glicemia é a única maneira de confirmá-la.
Atualmente, a hipoglicemia é classificada em três níveis:
- Nível 1: valores entre 69 – 54 mg/dL;
- Nível 2: valores < 54 mg/dl;
- Nível 3: hipoglicemia severa (independente do valor, gera comprometimento cognitivo grave que requer assistência (uso de glucagon ou glicose / apoio hospitalar).
Sintomas da hipoglicemia
As manifestações da hipoglicemia variam de pessoa a pessoa porque dependem da velocidade com que os níveis caem na circulação sanguínea.
Além disso, os sinais podem mudar ao longo do tempo. Porém, no geral, os principais sintomas são os seguintes:
- Confusão;
- Palpitação;
- Tontura;
- Fome;
- Dor de cabeça;
- Tremor;
- Palidez;
- Alteração na coordenação motora;
- Baixa concentração;
- Convulsões e perda da consciência (em casos mais graves).
Tratamento da hipoglicemia: saiba como funciona
Uma vez instalada a crise hipoglicêmica, o paciente deve consumir de 15 g a 20 g de carboidratos simples na forma líquida que é a forma mais rapidamente absorvida. Por exemplo: 100 a 150 mL de suco de caixinha ou refrigerante. Também pode ser usado um sachê de glicose ou água com açúcar. Após a ingestão, medir a glicemia em 15 minutos e, se ela continuar baixa, repetir a ingestão e medir novamente.
Quando a glicemia se restabelecer, é recomendado fazer um lanche saudável e monitorar de perto a glicose no sangue.
Em caso de emergência ou perda de consciência, se o familiar estiver apto, ele pode aplicar glucagon no paciente por via subcutânea ou intramuscular para que os níveis de glicose subam. Ou levar imediatamente o paciente ao Pronto Socorro para receber glicose endovenosa.
Atualmente, o tratamento de pacientes com diabetes prioriza o mínimo possível de hipoglicemias, para não sobrecarregar o coração e para não prejudicar o cérebro desses pacientes. Hoje temos insulinas mais modernas que diminuem bem o risco de hipoglicemias e medicações orais que não causam queda do açúcar no sangue.
Gostou do conteúdo? Espero ter te ajudado a entender melhor como funciona a hiperglicemia e a hipoglicemia e suas principais diferenças.
Especialista em Endocrinologia pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), há 18 anos ofereço o tratamento e acompanhamento para pessoas que buscam viver mais e melhor, elevando a saúde e bem-estar de cada paciente.
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